27.7.10

| OBRAS EM CURSO | JULHO E AGOSTO 2010

Colégio Morangos do Parque das Nações, Lisboa


O Colégio Morangos, localizado no Parque das Nações incluirá creche e jardim de infância, numa solução de utilização conjunta das áreas comuns do equipamento, que se desevolverá em dois pisos.

Esta solução, mais flexível do ponto de vista dos usos, permite criar uma solução de conjunto, com uma leitura interior muito forte, de onde se destaca um jogo de volumes que formam a compartimentação das salas de actividades. A cada um destes volumes é aplicada uma cor formando um contraste com as zonas vazadas em open-space.

Creche Morangos em Coimbra


Aproveitando um antigo edifício, utilizado enquanto residência de estudantes, desenvolvemos uma solução adaptada para a nova creche que se quer agora implementar. Para isso, foi necessária a adaptação da maior parte dos espaços existentes, assim como a alteração das infra-estruturas.

O facto de ser uma moradia antiga, permitiu-nos desenvolver o projecto em quatro pisos, dois acima do solo, uma semi-cave e um sótão, que, por ter condições de luz e ventilação, se mostrou também adequado para albergar algumas salas com actividades.

Creche em Paço de Arcos, Oeiras


A partir de uma antiga escola, a instituição Ajuda de Mãe propôs-se convertê-la numa creche com capacidade para 56 crianças, recuperando e ampliando as antigas instalações.

A nossa proposta procurou respeitar a imagem do edifício existente, local onde se irão situar as zonas de salas de actividades e áreas de formação e apoio (núcleo 1). No núcleo 2, separado do anterior por um pátio, localizar-se-ão a cozinha, zona administrativa, e outras salas.

Moradia bi-familiar na Quinta dos Selões - Oeiras



A proposta de intervenção abrange parcialmente a antiga Quinta dos Selões em Nova Oeiras, situando-se numa parcela resultante do destaque de parte do sobrante que continha uma edificação antiga da referida quinta.

Área do terreno de intervenção : 872,27m2
Área de domínio público a requalificar: 263,02m2


Edifício de habitação, comércio e serviços na Av.Copacabana - Oeiras


O terreno onde se irá intervir, situa-se na Avenida Copacabana, com área de 1840.00m2 e encontra-se destinado à construção de um edifício misto de habitação, comércio e serviços numa área onde esteve instalado o bairro da Pia à Porta.


A proposta, respeita os pressupostos do estudo urbanístico efectuado, adaptando a forma proposta para o local, tendo em conta o enquadramento na envolvente e a variação da topografia do terreno.

O edifício desenvolver-se-á em dois corpos separados, libertando uma zona interior que formará uma praceta aberta para a Av. Copacabana.


Moradias geminadas na Rua Damão - Caxias


A proposta inclui o projecto de duas moradias geminadas na Rua Damão, em Caxias. Desenvolvendo-se num terreno com uma pendente pronunciada, a preocupação recaiu na resolução da arquitectura em diferente patamares, criando uma solução integrada na rua e, ao mesmo tempo, confortável para os potenciais utilizadores.

Áreas da parcela 1: 506,10 m2
Áreas da parcela 2: 493,90 m2


| ZONA NORTE DE PORTO SALVO | PLANO DE ORDENAMENTO - PROGRAMA BASE


O eixo Lisboa – Cascais tem ganho, nas últimas décadas, uma importância determinante na fixação de empresas de tecnologia avançada, complementando-se assim o seu já reconhecido papel residencial.

A fixação do tecido empresarial nesta nova zona originou um modelo multipolar, onde estes pequenos centros de tecnologia de ponta servem, de forma mais efectiva, o centro da cidade. São centros alternativos à instalação de pólos económicos dinamizadores e associados a novos parâmetros de qualidade urbana.


Por outro lado, e reconhecendo o eixo entre Oeiras e o Tagus Park, como a área preferencial de expansão, para um sistema urbano multiusos, que garanta elevados padrões de qualidade ambiental, torna-se indispensável dotar o território das infra-estruturas necessárias à sua implementação.


Este plano constitui uma proposta de ordenamento da zona Norte de Porto Salvo, no concelho de Oeiras. Inserido no contexto da Área Metropolitana de Lisboa (AML) a área a que se refere o programa base ocupa uma posição estratégica, decorrente da boa acessibilidade, assegurada pelas Auto-estrada ( A/5 ) Lisboa – Cascais, Variante n/s ( 249-3 ) Oeiras – Cacém e pela futura Via Longitudinal Norte ( VLN ).

O desenho urbano que aqui propomos apoia aquilo que apontámos em cima, levando-nos a optar por uma distribuição equilibrada das várias valências, integradas numa rede viária funcional e, simultaneamente, preservar e potenciar as condições naturais existentes, garantindo um desenvolvimento qualificado sustentável.



20.7.10

| QUINTA DE SANTO ANTÓNIO | URBANIZAÇÃO EM BELAS, SINTRA


Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) existem inúmeras quintas, com maior ou menor valor histórico e que, antigamente, desenvolviam uma intensa actividade agrícola. Com o tempo, o seu valor agrícola foi decrescendo, embora em termos ambientais e ecológicos estratégicos esse valor nunca tenha diminuído.

Uma quinta e, sobretudo, a sucessão espacial de quintas justapostas, bem como a sua ligação a linhas de água, charcos, lagos ou manchas de mata são aquilo que assegura actualmente a vida da fauna e flora locais. Por esta mesma razão, estes locais são muitas vezes guardados em RAN e REN.


Este estudo abrange uma parcela de território com aproximadamente 50.000 m2, incluindo a totalidade da Quinta de Santo António, na freguesia de Belas. O vale onde a Quinta se localiza tem exposição predominante a Sul e integra um conjunto mais vasto de quintas de produção e recreio importantes na AML. É ainda atravessada por uma linha de água, que corre de Poente para Nascente.

O terreno intervencionado é envolvido por uma mancha urbana descontínua, com áreas muito diferenciadas, como o aglomerado de Idanha, a freguesia de Agualva ou ainda novas zonas de expansão.


O novo programa para a revitalização da Quinta é ambicioso, incluindo áreas equipada, de comércios, de serviços e habitacionais. Propomos ainda a recuperação das construções históricas da quinta, na zona Norte do terreno, assegurando uma transição entre a quinta e a zona edificada, a Norte.

As áreas construídas foram reduzidas ao mínimo indispensável, numa clara tentativa de resgatar os solos com alto valor produtivo para a criação de espaços verdes públicos de fruição, que assegurem a manutenção de todos os processos ecológicos que sempre aconteceram neste lugar.


| ANGOLA | PARTE III | EDIFÍCIO RAINHA GINGA

Este artigo constitui a terceira parte de uma série de artigos sobre os trabalhos do atelier em Angola ao longo dos últimos anos.


A relação entre o Homem e a Arquitectura foi sempre a maior preocupação do arquitecto e, no caso dos edifícios em altura, que ultrapassam largamente a dimensão humana, torna-se importante o estabelecimento de um nível de relação à escala da cidade.

O Edifício na Avenida Rainha Ginga foi desenhado para o coração da baixa de Luanda, hoje uma grande metrópole em acelerada transformação. O “ skyline “ da cidade visto da Baía, vai sendo cada vez mais pontuado por edifícios em altura, adquirindo uma configuração contemporânea de qualidade.



Os críticos de arquitectura consideram os edifícios altos ou arranha-céus as construções a partir de vinte pisos, embora hoje, a técnica aliada à vontade se superar todas as barreiras, já existam edifícios que atingem os utópicos 800 metros de altura. O presente projecto para um conjunto de “flat-service” inscreve-se nesta categoria arquitectónica, que tanto tem fascinado as populações ao longo do tempo.

É fundamental compatibilizar os novos edifícios altos com a cidade tradicional e, por isso, neste caso, a nossa preocupação recaiu sobre a relação que o volume edificado estabelece com o espaço público.


Outra característica importante neste projecto é a permeabilidade. Reconhece-se actualmente, que os grandes edifícios nunca podem ser separados da permeabilidade da cidade e da actividade pública da qual emanam. Nesse sentido, muitos edifícios altos são concebidos para potenciar o domínio público, razão pela qual são mais permeáveis e transparentes.

O nosso projecto pretende tornar-se um marco importante e de referência na cidade de Luanda, contribuindo para a qualidade de vida e conforto de todas as pessoas que aí trabalhem ou residam.

13.7.10

| ANGOLA | PARTE II | HOTEL NA ILHA DE LUANDA

Este artigo constitui a segunda parte de uma série de artigos sobre os trabalhos do atelier em Angola ao longo dos últimos anos.




A Ilha do Cabo lembra-nos as primeiras ocupações do território de Luanda. Até aos anos sessenta, ligado ao continente apenas por uma velha ponte de madeira, foi sempre um espaço com um estatuto especial na cidade. Local de passeio e lazer durante o último século, mantém ainda uma forte ligação ao Oceano Atlântico, com as actividades piscatórias que ainda subsistem, com o clube náutico e a marina para embarcações de recreio e com a extensa praia, servida por modernos e elegantes espaços de restauração.

O Hotel da Ilha de Luanda localiza-se no primeiro troço da língua de areia e está virado para o lado oceânico (a Sul), beneficiando da proximidade às melhores praias da Ilha.

O edifício com sete pisos acima do solo e um em cave, projecta-se para o areal, assente em pilares de forma a permitir as ligações viárias e a respectiva entrada no Hotel.

A unidade hoteleira, pela sua localização e características, permitirá uma utilização mista de negócios e recreio. Desenvolvemos um conjunto de quartos standard para o utilizador comum e os quartos executivos, com um espaço de escritório para ocupações mais especializadas, para além de um grupo de suites com uma vista privilegiada sobre o mar.


As referências que utilizámos no conceito são várias e dispersas, o volume parcialmente elevado sobre “pilotis” evoca-nos as construções junto às linhas de água e o desenho proposto respeita a tradição da arquitectura modernista, tão presente na cidade de Luanda.


Kianda o espírito da água, na mitologia angolana, anda por perto e recorda-nos a relação intensa entre o homem e o mar, repleta de histórias tão trágicas como épicas. A relação da grande metrópole que é hoje Luanda com o oceano, embora mais sofisticada, mantém esse impulso ancestral que leva à conquista mar adentro.


| ANGOLA | PARTE I | LUENA PLAZA | TALATONA

Este artigo constitui a primeira parte de uma série de artigos sobre os trabalhos do atelier em Angola ao longo dos últimos anos.


O complexo de Luena Plaza, em Talatona, na zona Sul da cidade de Luanda, foi pensado enquanto centro de um modelo actualmente difuso e em forte desenvolvimento. A arquitectura marcante dos edifícios procura garantir que, em pouco tempo, o complexo passe a constituir uma referência na cidade.

A arquitectura desenvolvida para o conjunto procurou uma simbiose entre o ambiente vibrante do mundo dos negócios e o ambiente familiar e reconhecível pela população. Os volumes, as formas e as cores, criados com as exigências contemporâneas e com a africanidade como referência, estruturam a solução urbana e enquadram as futuras actividades humanas.

Os volumes edificados envolvem uma ampla Praça Central, que adquire aqui o significado de espaço simbólico, com ligações fortes às referências formais locais. Um lugar onde a natureza exerce também um papel preponderante.


Na concepção do projecto de arquitectura, além da optimização da forma e orientação dos edifícios, houve uma preocupação adicional em criar espaços exteriores que, pelas suas características, permitam a circulação de ar entre os vários espaços (interiores e exteriores).

No piso térreo, que se distribui por dois níveis, prevê-se a instalação de áreas comerciais, de restauração e de lazer, com ligação directa às esplanadas e aos espaços verdes, por onde desliza uma linha de água que percorre a Praça de poente para nascente. Num dos topos da Praça Central, uma construção que alia tradição à modernidade integrará o Health Club e fará a transição entre os espaços públicos e privados.



Os pisos superiores estão preparados para a instalação de empresas do terciário avançado, com exigências específicas quer tecnológicas quer de segurança e conforto.

Um espaço multifuncional como o de Luena Plaza com áreas para escritórios, comércio e equipamento de lazer, será sempre um entreposto de culturas e a comunidade que a utilizar estará no centro desse fluxo.

6.7.10

| PENAS ALVAS | LOTEAMENTO EM PORTO SALVO, OEIRAS

O loteamento das Penas Alvas, localizado em Porto Salvo, Oeiras, assentará sobre uma ampla colina voltada a Sudoeste. Confrontando a Norte com a ribeira da Ancha e a Poente com a ribeira da Laje, este sítio contacta directamente, no seu ponto mais baixo, com o vale da Ribeira da Laje, onde, ainda hoje, a agricultura de subsistência (hortas agrícolas) tem uma expressão importante. Nos pontos mais altos, os moinhos marcam a sua presença, resquícios de práticas ligadas ao fabrico de pão para as vilas adjacentes.

Conceptualmente, o desenho urbano centra-se na resolução de problemas que se prendem com a sua integração nas pré-existências (vias e malhas urbanas), na adequação aos instrumentos de gestão territorial e no respeito integral pelas áreas que, necessariamente, deverão ser protegidas. Os movimentos de terra são reduzidos ao mínimo, optando-se, sempre que possível por outros mecanismos de modelação do terreno, como os grandes sucalcos.

Com comércio, serviços e habitação, unifamiliar e colectiva, o plano desenvolve-se ao longo de pouco mais de 46.000 m2.



As áreas verdes, algumas delas incluídas na REN e RAN são totalmente preservadas, numa atitude de preocupação com a valorização do seu potencial ecológico e ambiental.


Evitando-se ao máximo a impermeabilização dos espaços exteriores e a degradação e destruição dos sistemas ecológicos, luta-se por uma preservação activa dos ecossistemas que sempre aqui existiram, em harmonia com o sistema humano. As estruturas ecológicas, com valor ambiental e/ou agrícola, devem ser vistas sempre numa óptica de continuidade dos sistemas que as compõem e nunca como ilhas estanques.