20.7.10

| ANGOLA | PARTE III | EDIFÍCIO RAINHA GINGA

Este artigo constitui a terceira parte de uma série de artigos sobre os trabalhos do atelier em Angola ao longo dos últimos anos.


A relação entre o Homem e a Arquitectura foi sempre a maior preocupação do arquitecto e, no caso dos edifícios em altura, que ultrapassam largamente a dimensão humana, torna-se importante o estabelecimento de um nível de relação à escala da cidade.

O Edifício na Avenida Rainha Ginga foi desenhado para o coração da baixa de Luanda, hoje uma grande metrópole em acelerada transformação. O “ skyline “ da cidade visto da Baía, vai sendo cada vez mais pontuado por edifícios em altura, adquirindo uma configuração contemporânea de qualidade.



Os críticos de arquitectura consideram os edifícios altos ou arranha-céus as construções a partir de vinte pisos, embora hoje, a técnica aliada à vontade se superar todas as barreiras, já existam edifícios que atingem os utópicos 800 metros de altura. O presente projecto para um conjunto de “flat-service” inscreve-se nesta categoria arquitectónica, que tanto tem fascinado as populações ao longo do tempo.

É fundamental compatibilizar os novos edifícios altos com a cidade tradicional e, por isso, neste caso, a nossa preocupação recaiu sobre a relação que o volume edificado estabelece com o espaço público.


Outra característica importante neste projecto é a permeabilidade. Reconhece-se actualmente, que os grandes edifícios nunca podem ser separados da permeabilidade da cidade e da actividade pública da qual emanam. Nesse sentido, muitos edifícios altos são concebidos para potenciar o domínio público, razão pela qual são mais permeáveis e transparentes.

O nosso projecto pretende tornar-se um marco importante e de referência na cidade de Luanda, contribuindo para a qualidade de vida e conforto de todas as pessoas que aí trabalhem ou residam.

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