20.7.10

| QUINTA DE SANTO ANTÓNIO | URBANIZAÇÃO EM BELAS, SINTRA


Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) existem inúmeras quintas, com maior ou menor valor histórico e que, antigamente, desenvolviam uma intensa actividade agrícola. Com o tempo, o seu valor agrícola foi decrescendo, embora em termos ambientais e ecológicos estratégicos esse valor nunca tenha diminuído.

Uma quinta e, sobretudo, a sucessão espacial de quintas justapostas, bem como a sua ligação a linhas de água, charcos, lagos ou manchas de mata são aquilo que assegura actualmente a vida da fauna e flora locais. Por esta mesma razão, estes locais são muitas vezes guardados em RAN e REN.


Este estudo abrange uma parcela de território com aproximadamente 50.000 m2, incluindo a totalidade da Quinta de Santo António, na freguesia de Belas. O vale onde a Quinta se localiza tem exposição predominante a Sul e integra um conjunto mais vasto de quintas de produção e recreio importantes na AML. É ainda atravessada por uma linha de água, que corre de Poente para Nascente.

O terreno intervencionado é envolvido por uma mancha urbana descontínua, com áreas muito diferenciadas, como o aglomerado de Idanha, a freguesia de Agualva ou ainda novas zonas de expansão.


O novo programa para a revitalização da Quinta é ambicioso, incluindo áreas equipada, de comércios, de serviços e habitacionais. Propomos ainda a recuperação das construções históricas da quinta, na zona Norte do terreno, assegurando uma transição entre a quinta e a zona edificada, a Norte.

As áreas construídas foram reduzidas ao mínimo indispensável, numa clara tentativa de resgatar os solos com alto valor produtivo para a criação de espaços verdes públicos de fruição, que assegurem a manutenção de todos os processos ecológicos que sempre aconteceram neste lugar.


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